Câncer de cólon

O câncer de cólon abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto, sendo um dos tipos de câncer mais incidentes no mundo. É tratável e curável na maioria dos casos, ao ser detectado precocemente. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos (lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso). Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 32.600 novos casos por ano, sendo 15.070 homens e 17.530 mulheres. Além disso, o câncer de cólon faz aproximadamente 14 mil vítimas por ano no Brasil.

CAUSAS

O câncer de cólon resulta de alterações em um grupo de genes de reparo do DNA. Quando esses genes estão alterados, o sistema de reparo não é capaz de corrigir alterações no código genético, facilitando o desenvolvimento de câncer.

FATORES DE RISCO

Pólipos adenomatosos: os pólipos adenomatosos vão em algum momento se alterar, até evoluírem para adenocarcinoma, que é o câncer de cólon mais comum. Este é o principal motivo para se indicar a colonoscopia, pois esses pólipos podem ser retirados quando pequenos e ainda benignos;

IDADE

A incidência é maior em homens e mulheres com idade superior a 50 anos. Não se sabe ao certo porque isso acontece. Uma possibilidade é a de que essas pessoas tenham sido expostas ao fatores de risco por mais tempo.

DIABETE E OBESIDADE

Pessoas com diabetes e resistência à insulina podem ter um risco aumentado de câncer de cólon. Além disso, pessoas com obesidade tem mais chances de sofrer com o câncer de cólon e de sofrer complicações da doença.

TABAGISMO E ALCOOLISMO

A relação direta entre álcool e câncer de cólon não está completamente estabelecida, como acontece com carne vermelha, frutas e verduras e exercício físico. Entretanto, é sabido que pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool estão em maior risco para desenvolver a doença. Este risco é maior para pessoas que ingerem mais de 45 g de álcool por dia (equivalente a aproximadamente três latas de cerveja de 350 mL, três taças de vinho de 150 mL ou três doses de uísque de 40 mL. Além disso, sabe-se que o tabagismo também aumenta o risco de câncer de cólon, uma vez que as substâncias nocivas do cigarro podem afetar as células do intestino.

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

O câncer de cólon está relacionado com a retocolite ulcerativa idiopática, quando não tratada de forma correta, contínua. É uma doença autoimune que agride a mucosa colorretal. Doença mal cuidada e de longa data são fatores que possibilitam a degeneração para o câncer de cólon. Colonoscopia periódicas mantém estes pacientes em vigilância.

HISTÓRICO FAMILIAR

Estatisticamente, parece realmente tratar-se de doença hereditária, não obrigatória. Acredita-se que pessoas com avós, pais e irmãos com câncer de cólon expostos a fatores de risco têm muito mais chance de desenvolver a doença, daí a necessidade de se realizarem exames preventivos.

POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR

Essa é uma doença hereditária, determinada quando há mais de 100 pólipos adenomatosos pelos segmentos dos cólons. Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito quando já há o desenvolvimento do câncer de cólon em pacientes jovens. Nesse caso, todos os familiares diretos devem ser submetidos a colonoscopia para que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível.

SÍNDROME DE LYNCH

Doença hereditária autossômica dominante, responsável por cerca de 3 a 5% dos tumores colorretais. Cerca de 70% dos pacientes com a síndrome tem chance de desenvolver câncer de cólon. Pacientes jovens, com manifestações principalmente no cólon direito.

FIQUE ATENTO

Observar esses critérios é importante para avaliar seu risco de câncer de cólon:

Três ou mais familiares com câncer de cólon, duas gerações sucessivas afetadas e pelo menos um com idade inferior a 50 anos
Três ou mais familiares com um dos tumores a seguir: câncer colo-retal, endométrio, intestino delgado, ureter e pélvis renal
Pelo menos duas gerações sucessivas e pelo menos um dos tumores diagnosticados em idade inferior a 50 anos.

SINTOMAS DE CÂNCER DE CÓLON

Muitas pessoas com câncer de cólon não têm quaisquer sintomas nos estágios iniciais da doença. Quando os sintomas aparecem, eles podem variar, dependendo do tamanho e localização do câncer no seu intestino grosso. Os sintomas mais comuns são:

Uma mudança em seus hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação
Fezes pastosas de cor escura
Sangramento retal ou sangue nas fezes
Desconforto abdominal persistente, como cólicas, gases ou dor
Sensação de que o seu intestino não esvazia completamente
Fraqueza ou fadiga
Perda de peso inexplicável
Náuseas e vômito
Sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar.
Uma pessoa com câncer de cólon pode não necessariamente apresentar todos esses sintomas juntos – mas o principal é a presença de sangue nas fezes. Por isso, se notar quaisquer sintomas de câncer colorretal, tais como sangue nas fezes ou uma alteração persistente nos hábitos intestinais, marcar uma consulta com o médico.

Fonte: minhavida.com.br